segunda-feira, 24 de agosto de 2009

European Tapestry Forum





Ganhei um catalogo de uma exposição itinerante no período 2008/2009.
A maioria dos artistas e escandinava e do leste.
Me chamou a atenção a preponderância de tapeçarias tecnicamente clássicas (alto liço) e com interpretações de linguagens pictóricas ou de desenho.
Algumas dão ênfase a uma linguagem têxtil,mais são poucas.
Em próximas postagens tentarei abordar o que esta acontecendo com uma certa retomada do têxtil apos o marasmo gerado depois da explosão tridimensional dos anos 70/80.
A obra acima e The Shape of Time - 200cm x 50cm
de Ibolya Hegyi da Hungria

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Turnê


Boas noticias Henrique Schucman e um ativo agitador cultural.Mantém seu atelier a vários anos na paradisíaca Praia da Gamboa em Sta Catarina, onde tem também uma charmosa pousada http://www.pousodotapeceiro.com.br/Gaúcho,morou em São Paulo muitos anos.Nos anos 80 o artista e professor Uruguaio,Ernesto Arostegui marcou fortemente a trajetória artística do Henrique com a difusão da técnica de Alto Liço ou mais conhecida como Técnica de Gobelin.A partir de ai Schucman desenvolveu sua obra ,conhecida nacional e internacionalmente.Henrique acaba de receber um convite para expor sua obra "São Paulo-Avenida Paulista" .numa exposição coletiva itinerante por diversos museus nos Estados Unidos no período de 2011 a 2014.
"To weave or not to weave" ou "Contemporary Tapestry Artists" sera o nome da exibição que contem 34 artistas de 17 paises. Good Luck Henrique !

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Tapeçarias Francesas II

Devido as varias consultas sobre a vinda da exposição a São Paulo...
Do Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte me informaram que a exposição fica lá ate o 23 de Agosto e depois vai a o Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro.
Bom, um pouco mais perto,Rs!

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23º Prêmio Design -Museu da Casa Brasileira


Atenção Designers Texteis Inscrição ate 19 de Agosto!
Incrição:R$60,00 no Itau

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MARLENE CRESPO - Desenhos



A Palavra e a Imagem

Espaço Cultural “Encontros”
Metrô Santa Cecília - São Paulo
De 10 a 31 de julho
Por toda a sua vida artística, Marlene Crespo tem cultivado exaustivamente o Desenho, muitas vezes de parceria com um texto
Marlene Crespo tem mantido, em sua extensa carreira, uma trajetória coerente, em que o grafismo é uma constante. Figurativa e simbólica, conserva uma identidade própria e, tanto quanto possível, nacional. Desligada de rótulos e tendências, sem perder de vista o seu momento histórico.Iniciou-se em Artes Plásticas na coletiva II Exposição do Jovem Desenho Nacional (1965). Nos anos setenta e oitenta, integrou, em São Paulo, o grupo de artistas que lutaram contra a ditadura militar.
Gravurista a partir dos anos oitenta, e deste sempre ligada ao desenho, dedica-se, a partir de 93, também à arte têxtil.Marlene Crespo é natural de Campos, RJ, e licenciada em Letras Neolatinas pela Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de Janeiro. Estudou desenho com Alice Soares e Cristina Balbão, em Porto Alegre, e gravura com Romildo Paiva, em São Paulo (1982, 95).
“É uma grande surpresa o trabalho de Marlene Crespo, tanto as tapeçarias como a obra gráfica. Em ambas se vê uma artista madura, com um caminho percorrido e um nome firmado.
Seu trabalho denota uma vinculação, não só com as características do surrealismo, mas guarda também aproximações com a arte primitiva."
Profª Dra. Elvira Vernaschi, USP, historiadora e crítica de arte, membro da ABCA.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

A CONSTRUÇÃO DO OLHAR

Olhar, contemplar, passa por momentos sutis: percebemos os objetos (ou paisagens), os interpretamos e classificamos num determinado contexto, para, quem sabe, por fim, recriarmos aquilo que vimos. Isso se dá o tempo todo sem que percebamos, embora o exercício de despertar o olhar, em especial para as artes visuais, seja uma questão pertinente para artistas e teóricos.

Desenvolver nossa mirada depende da família, de educadores, da sociedade, do contato com o mundo e com a arte. Ou seja: "Não se institui a formação do olhar, ela começa no momento em que passamos a enxergar. O padrão estético se constrói com base no que se vê", defende Denise Grinspum, gerente-geral do Instituto Arte na Escola, em São Paulo, e especialista em arte-educação.

Perspectiva semelhante tem o curador Paulo Sergio Duarte: "Não existe fórmula de educação do olhar. O importante é exercitar a suspensão dos preconceitos, saber que não tenho os hábitos de ler, ouvir e ver certas coisas. São os hábitos que me possuem. Se percebo essa submissão e procuro evitar as certezas que tenho, que não são minhas, mas que pertencem aos meus hábitos, posso abrir novos horizontes à percepção".

Para tanto, ele ressalta a importância das visitas regulares a museus e galerias. "Ninguém diz que gosta de literatura e só lê um ou dois livros por ano, ou que gosta de música mas só escuta de vez em quando. A música está ao alcance da mão, no rádio, na prateleira de CDs. O livro também, pois fica na estante de casa. A obra de arte, para existir, necessita de contato com o espectador. Tenho de me deslocar ao museu, ao centro cultural; raramente a obra de arte está num canto da minha casa. Mas a repetição dessa experiência realizará a descoberta de um mundo de conhecimento."

Num ponto de vista próximo ao de Duarte, Silvio Dworecki, artista plástico e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) indica que a apreciação dos trabalhos dos artistas é fundamental. "Quem quer se expressar precisa de referências. Você pode dizer algo não só fazendo arte, mas também por meio do que observa e lembra em relação às obras que viu." Dworecki, relata os diversos procedimentos do olhar, com os quais cada um encontra sua maneira de ver o mundo: a leitura de obras de arte, o desenho de observação, de memória e do gesto são vivências importantes, afinal a percepção e a expressão formam um binômio coeso. Mas o regulador de todos esses procedimentos é a atenção: "O interesse pelo olhar, não pela obra nem pelo museu, mas, sim, em apreender o percebido". O museu, segundo Dworecki, deve ser um espaço onde se dá a continuação do olhar. O grafite é um grande estimulador dessa percepção contínua, que não isola a arte do mundo.

Claudio Mubarac, gravurista e professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, diz que a formação do olhar tem a ver com uma espécie de gramática visual que cada um de nós desenvolve: "Todos nós temos o poder de pensar visualmente". Também é importante entender os caminhos do trabalho do artista − técnicas, formas de expressão − pois estão intimamente ligados ao pensamento visual. "Por meio do contato direto com a oficina e seus instrumentos, compreende-se melhor o artista", diz ele, citando o exemplo de Leonardo da Vinci (1452-1519), que no início de sua trajetória usou a pena para desenhar, abandonou-a na maturidade e mais tarde a retomou. "A materialidade e a poética não se separam."

O mito da redoma
Quando o artista cria, ele pensa no olhar de seu público? Silvio Dworecki nota que "existe o mito de uma arte pura na qual o artista ficaria numa redoma e seria um pecado preocupar-se com o público". Para ele, "isso é uma balela". Porque, segundo diz, ele vive no seu tempo e suas condições dependem da relação com o mundo material. Como, por exemplo, Goya (1746-1828), pintor da corte espanhola que não abandonava sua visão crítica: "Nas pinturas ele fala dos soberanos, mas nas gravuras tem uma liberdade mais profunda".

A vida do artista não explica sua obra, porém existe uma relação entre as duas. "Mesmo os pintores das cavernas não pintaram apenas para si, mas para desenvolver rituais. Há muitas obras contemporâneas que convidam à participação do público, que pode interagir com elas. Mas às vezes só é permitido observar e, mesmo assim, o olhar garante a participação."

O que é um olhar "educado"?

"É aquele que desconfia de si próprio. A interação e a convivência contínuas com a arte fazem emergir esse olhar treinado. Um pouco de sensibilidade e alguma leitura para conhecer a história da arte ajudam muito", pondera o curador Paulo Sergio Duarte. "Olhar 'educado' é quando a pessoa tem alta exposição à arte, seja com a família, que a acompanhou em visitas a museus, seja na escola, com educadores que a estimularam", afirma Denise Grinspum.

Claudio Mubarac não gosta da expressão. "Defendo uma formação integral, que traz as artes visuais para o cotidiano. Assim, o olhar 'educado' seria conseqüência de uma formação de fato." Silvio Dworecki acompanha o questionamento de Mubarac: "Você pode conversar com pessoas simples que desconhecem a produção artística, mas têm uma cultura que permite conhecer o mundo à sua volta. O olhar 'educado' é aquele que desenvolveu a atenção para o mundo".

E como desconstruir o olhar em relação à arte contemporânea, que leva a manifestações do tipo "este monte de objetos desarrumados não é arte" ou "meu filho faria igual"? Denise Grinspum diz que a "desconstrução não é do olhar, mas da atitude. Não é fácil fruir a arte contemporânea, é preciso trabalhar experiências sensoriais, construir um novo arcabouço para compreender a arte contemporânea. O que precisamos desconstruir é o preconceito".

Uma saída para desformatar uma visão preconceituosa, nas palavras de Claudio Mubarac, é "despreocupar-se em decidir se uma obra é arte". Ele brinca, contando a história de Adão no Paraíso: "Ele pega um galho para desenhar na areia. A serpente vê o desenho e diz 'muito bonito, mas não é arte'. Então, como não cair num erro de julgamento?". Mubarac indica um caminho: "Parar de explicar e conviver com o mundo por meio da arte como forma de conhecimento, retirando-a do caráter ornamental. A arte não é a cereja do bolo, é o fermento".

A tão comum rejeição a obras abstratas e conceituais se dá, no entender de Silvio Dworecki, porque "o primeiro preconceito incutido nas pessoas é o da semelhança". Quer dizer, a arte deveria retratar fielmente seres e objetos do mundo. "Os artistas vêm lutando desde o final do século XIX pela liberdade de formas, cores e proporções, mas esse conceito ainda não chegou ao cidadão comum", reclama Dworecki. Talvez isso se dê porque a maioria das imagens que recebemos na internet, na TV e no cinema são de matriz fotográfica, com a ilusão tridimensional trazida pela perspectiva. "Desde a Renascença fomos acostumados com o olhar da câmera", diz Claudio Mubarac. "O público deve entender que instalações e performances são formas de arte que estão no território da mágica." Para completar, Dworecki ressalta que saber um pouco de história da arte é fundamental para desenvolver uma compreensão dos trabalhos de artistas contemporâneos. Afinal, como lembra Mubarac, "a arte contemporânea não está desligada da história da arte, vive em diálogo, numa teia complexa". E essa teia tece os fios do nosso olhar.

Por Patrícia Patrício -Itau Cultural

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domingo, 19 de julho de 2009

TAPEÇARIAS FRANCESAS DE GOBELINS E BEAUVAIS









A exposição Tapeçarias Francesas - Patrimônio e Criação é uma boa oportunidade para conhecer os gobelins - verdadeiras obras de arte. Essas tapeçarias feitas com tecidos ricamente ilustrados com composições da Manufatura Real dos Gobelins, na França, serão mostradas no Museu de Artes e Ofícios, de Minas Gerais, a partir desta quarta-feira, como parte das comemorações do Ano da França no Brasil. Os visitantes poderão ter contato com 20 obras pertencentes ao acervo do Museu do Mobiliário Nacional, na França.

A exposição traz 11 obras do século XVII, da série "Tapeçaria das Índias (o Novo Mundo)". Nove delas, da série "Antigas Índias", foram tecidas a partir de quadros do pintor Albert Van Der Eckhout (1610-1665), integrante da missão de cientistas e artistas trazidos ao Brasil por Maurício de Nassau (1604-1679), governador do Brasil holandês, entre 1637 e 1644. Em 1679, ano de sua morte, Nassau presenteou o rei Luís XIV com os oito grandes quadros de Eckhout sobre o Brasil, que originaram as tapeçarias de Gobelins.

Também chegam da França duas tapeçarias do pintor Alexandre-François Desportes (1661-1743), da série "Novas Índias", e quatro cartões originais pintados por Eckhout, que serviram de modelo para a confecção de tapeçarias, como O Combate dos Animais (Combat d'animaux) e O Cavalo Rajado (Le Cheval Rayé).

Atualmente, o governo francês convida artistas contemporâneos para criar desenhos para essas manufaturas. Por isso um dos módulos da exposição destaca justamente essa produção contemporânea de tapeçarias, com obras feitas a partir do trabalho de dez artistas de vários países: Claude Bellegarde (1927), Carole Benzaken (1964), Patrick Corillon (1959), Gérard Garouste (1946), Jean-Michel Alberola, Erro (Gudmundur Gudmunson), Shirley Jaffe (1923), Huang Yong Ping (1954), e os já falecidos Roberto Matta (1911-2002) e Raymond Hains (1926-2005).

Gobelins
A Manufatura de Gobelins usa desde 1826 exclusivamente a técnica de alto liço - um cordão de algodão formando um anel que aperta um de cada dois fios da urdidura vertical. Esta técnica caracteriza-se pelo emprego de um tear vertical composto de duas hastes verticais de madeira ou de metal fundido. Os fios de urdidura de lã esticados verticalmente são separados em duas camadas. Uma é deixada livre enquanto a outra é munida de uma liça em cada fio. Acionando essas liças com a mão obtém-se o cruzamento dos fios necessários à execução da trama com a ajuda de um pente de madeira abastecido com lã que pode ser misturada com um pouco de seda ou de algodão. O tecelão fica sentado atrás do tear, e tece na contraluz o avesso da tapeçaria, e controla o lado direito por meio de um espelho.

Ainda hoje a técnica é empregada. São 15 teares ocupados por 30 tecelões. Eles estão instalados em dois prédios reformados respectivamente em 1999 e em 2003 nos recintos dos Gobelins. Todo ano, meia dúzia de tapeçarias é concluída. Diz-se que elas "caem" do tear, pois, ao final do trabalho, o tecelão e o criador do modelo cortam os fios da urdidura que prendem a tapeçaria. Todas as tapeçarias exibem o monograma da Manufatura G atravessado pelo desenho de uma agulha utilizada na tecelagem.

Tapeçarias Francesas - Patrimônio e Criação: De 15 de julho a 23 de agosto. Terça, quinta e sexta-feira, das 12h às 19h; quarta- feira, das 12h às 21h; e sábado, domingo e feriados, das 11h às 17h. Museu de Artes e Ofícios, Praça Rui Barbosa s/nº, Centro, Belo Horizonte, MG. Informações: (31) 3248 8600. Ingressos: R$ 4,00 (inteira), R$ 2,00 (meia - válida para estudantes e maiores de 60 anos) e entrada gratuita para todos no sábado e quarta (das 17h às 21h). www.mao.org.br

Rosana Ferreira - Terra

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